TY - JOUR AU - Pedroza, Manoela da Silva PY - 2022/12/23 Y2 - 2024/03/28 TI - Governando “como se fosse própria”: história econômica vista de baixo da Real Fazenda de Santa Cruz (Capitania do Rio de Janeiro, 1760-1783) JF - História Econômica & História de Empresas JA - HE&HE VL - 25 IS - 3 SE - Artigos DO - 10.29182/hehe.v25i3.732 UR - https://www.hehe.org.br/index.php/rabphe/article/view/732 SP - 724-753 AB - A Fazenda de Santa Cruz foi o maior empreendimento agropecuário e escravista dos jesuítas na América do Sul. Neste artigo nosso objetivo é mapear e analisar a agência de uma parte dos “de baixo” – escravos, índios, foreiros e intrusos -- em relação ao uso cotidiano dos recursos naturais desta Fazenda, após a expulsão dos padres jesuítas, em 1759. Nossa discussão teórica mobiliza o conceito de economia moral, proposto por Edward Palmer Thompson. Metodologicamente, também seguimos a orientação de Thompson e buscamos recompor os contextos locais, seus agentes, suas histórias e seus dilemas, como única forma de discernir, nas práticas sociais efetivas, os princípios que orientavam o comportamento econômico daqueles grupos sociais e, também, suas formas de resistir aos ditames e projetos vindos de cima. Procuramos comprovar a hipótese de que foi gestado, neste período, um outro projeto para administração e apropriação dos recursos deixados pelos padres, em clara desobediência ao projeto da Coroa portuguesa. Utilizamos como fontes o pedido de devassa aberto pela Rainha de Portugal contra o administrador da Fazenda, em 1783, e uma série de relatórios, visitas e pareceres fornecidos por funcionários do governo português sobre os administradores da Fazenda de Santa Cruz neste período, depositados no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional do Brasil. ER -